Ontem (11/05/2007), professores da escola Heloísa Mourão Marques decidiram, em maioria, retornar às atividades nesta próxima segunda-feira, 14 de maio. Alguns que não concordaram, como meu colega Aldo Nascimento, acham que a greve deve ser derrubada em suas assembléias públicas, realizadas em frente ao Palácio do Governo.
Discordo. No mesmo dia, o SINTEAC conseguiu se articular para ter uma grande massa de professores e pessoal de apoio a seu favor em continuar a greve. Os votos dos que preferem terminá-la foram poucos, é lógico, visto que estes já estão em sala de aula, ou nunca a deixaram. Penso que o SINTEAC contorna a maré a seu favor porque acho incrível que as mesmas pessoas que assistiram os dirigentes do maior sindicato do Acre se degladiando como urubus ao redor da carniça votarem para que a paralisação continue, já que tais brigas deixaram claro que a intenção é puramente política - visando as eleições internas ou, como já correm por aí os boatos, as municipais de 2008.
Acho que as escolas devem propor um boicote, mas não contra o governo, e sim contra o sindicato. Como? Como fizemos na escola Heloísa. Tomando a decisão à parte do movimento grevista. Não é uma maneira de sair de fininho, mas sim de protestar contra essa maneira arcaica e deplorável de fazer política que Alcilene, Almerinda e outros demonstraram. Que, aliás, ficou clara com o ataque oportuno contra Márcio Batista.
Deixo claro aqui que não me posiciono a favor do Governo, seja estadual ou municipal, ou a qualquer partido político. Minha esperança ao aderir à greve era, mesmo sabendo da contenda interna do SINTEAC, que as negociações beneficiassem a categoria, seja por bom senso do governo ou até mesmo de uma atitude mais firme do SINPLAC. Como nada disso aconteceu e a categoria apenas saiu com o "filme queimado", o melhor caminho é voltarmos às atividades nas escolas e planejarmos melhor como reivindicar nossas questões salariais.
Em tempo: gostei da proposta do governo de somente voltar a negociar com a categoria após eleicões internas do SINTEAC, ou seja, para o término de junho; e também do representante sindical da parte do Juruá, ao qual não me recordo o nome, dar entrevista dizendo que essa greve não chegou e nem vai chegar para aquelas bandas, citando inclusive a disposição do governo de sentar à mesa de negociação.
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