Posso não concordar com nenhuma das tuas palavras, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-las. (Voltaire)

Isn't personal. Just Business.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Objetividade e originalidade em sala de aula

Clique aqui e poderá e lerá uma excelente proposta de Aldo Nascimento para nortear o estudo da redação na sala de aula. Mas o que me chamou atenção foi a figura de uma redação escrita por um aluno, frustado com a falta de originalidade de sua professora.
Conversei hoje com meus alunos de 3º ano do ensino médio na escola Heloísa Mourão Marques e percebi que eles são igualmente frustados com seus ex-professores de matemática, cujas questões não saem do estilo "resolva" ou do "calcule".
Está havendo um choque entre a maneira que eles aprenderam matemática e a que costumo ensinar. Por exemplo, ao invés de pedir que simplesmente encontrassem a interseção entre duas retas (dadas a equações), a questão de número 6 da lista que estou resolvendo em conjunto com eles é a seguinte:


"Sejam as funções Q = 100 + 2p (onde Q representa a quantidade ofertada de determinado bem de consumo e p seu preço unitário) e Q = 301 - 3p (Q representando a quantidade demandada de determinado bem de consumo e p seu preço unitário). O equilíbrio de mercado é alcançado quando obtemos a quantidade Q e o preço p, o qual as empresas querem ofertar e os compradores querem demandar (procurar). Determine a quantidade e o preço de equilíbrio de mercado."

O choque está exatamente na interpretação, e é por isso que resolvo problemas como esse em conjunto com a turma.

A justificativa de muitos colegas, de que não trabalham questões assim com seus alunos porque estes "não conseguem", na verdade está mascarando (e muito mal) a própria irresponsabilidade do profissional, que não pesquisa e não planeja suas aulas. E o pior: tal docente não prepara seus alunos dedicados para concursos e vestibulares.