Posso não concordar com nenhuma das tuas palavras, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-las. (Voltaire)

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segunda-feira, 29 de outubro de 2007

VOLTEI !!!!!

Para recolher os corpos do front após refurgiar-me ao longe...

Escolas abandonadas rendem pouco. Não abandonadas, mas sem iniciativas, também. Não abandonadas, com iniciativas, mas sem ação, idem.
Ao menos, boas notícias: em uma reunião sobre o Saeb, o atual gerente de Ensino Médio, Josenir Calixto, expôs sua visão sobre como deveria funcionar a última etapa do ensino básico: suprir as necessidades do aluno para, principalmente, os vestibulares e os concursos públicos. Enfim um oásis. Mas isso deve ser cobrado dos próximos gestores. Os índices de aprovações de alunos egressos de escolas públicas nesses processos seletivos devem ser acompanhados, e a escola de onde saiu o aluno, corrigida se necessário.
Mostrei a um grupo de ex-alunos a prova aplicada no último concurso para provimento de vagas no Sebrae-AC, aplicada no último dia sete. Pedi que analisassem uma questão, e não tardou a resposta. Ocorre que essa questão, assim como outras, estava nos moldes das que lhes ensinei. Sem matemática estática, mas contextualizada. Sem meros "calcule" e "resolva", mas interpretações profundas (estudadas exaustivamente). Um deles comentou: "Ao menos um professor que ensinou o que a gente precisa".
Isso mostra que os discentes sabem que, em grande parte, estão sendo ensinados sem objetividade, para um conto de fadas mal elaborado e sem final feliz. Querem participar, com chances, nos processos seletivos para empregos, mas sabem o quão minguada é sua bagagem cognitiva.
Nesse contexto, creio que a idéia do gerente supracitado deve ser tomada a peito pelos gerentes das etapas anteriores dos ensinos: O infantil deve preparar o aluno para o fundamental, e este para o ensino médio. É óbvio? Sim, mas não ocorre na prática.
Mais do que isso, gestores devem ser fiscalizados no referente à aplicação de medidas para que o ensino de sua escola prepare seus egressos para o estágio posterior. Infelizmente, por falta de acompanhamento, esse cargo fundamental para a instituição é encarado como mera saída de sala de aula para um mar de tranquilidades, onde não se deve repor nem ser descontadas suas ausências, não explicar-se sobre decisões; enfim um exercício de supremacia, em total desrespeito com a comunidade escolar. A gestão democrática morre no pleito.
O material de estudo para o Curso de Gestores traz experiências cabíveis e aplicáveis, mas vez ou outra encontrei algum candidato com o já surrado discurso " ...é, no papel é lindo, mas na prática...". Este, assim como o "nós erramos sim, mas aos poucos vamos endireitando as coisas" e o "nós erramos, mas você também não é perfeito" só disfarçam incompetência ou falta de disposição. Quem compartilha dessas idéias começou mal.

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